Inventário Florestal – O que é e como fazer

Inventário Florestal – O que é e como fazer - Ecovery - Soluções Ambientais

Comumente essa dúvida surge para aqueles do meio empresarial ou acadêmico: o que é um inventário florestal? Como faço um inventário? Tem legislação sobre isso?

O que é Inventário Florestal?

O Inventário Florestal é o procedimento para obter informações sobre as características quantitativas e qualitativas da floresta e de muitas outras características das áreas sobre as quais a floresta está desenvolvendo (HUSH et al. 1993). 

É através da medição das proporções (diâmetro, altura, etc) dos indivíduos florestais (árvores), e identificação das espécies em uma área pré-definida, que você poderá ter as informações que necessita para aquela área.

Qual a importância do Inventário Florestal?

O Inventário Florestal é a principal ferramenta para diagnose e prognose das condições produtivas ou protetivas de uma floresta. É através dos resultados oriundos da medição feita para o Inventário Florestal que se tomam decisões sobre a viabilidade de empreender ou não em uma localidade com cobertura de floresta. Além disso, o Inventário Florestal nos dá as principais informações que precisamos para conservar e manejar nossa área florestal.

O que eu preciso para fazer um Inventário Florestal?

1. Profissional

Primeiramente, é importante ter um profissional habilitado para tal, uma vez que um Inventário Florestal não é simples como pode parecer no primeiro momento. Comumente, os profissionais requisitados para um inventário florestal são os engenheiros florestais, mas há casos específicos em que Engenheiros Agrônomos e Biólogos também podem fazê-lo, conforme as informações constantes AQUI AQUI, respectivamente.

2. Análise da área

Você sendo ou contratando um profissional habilitado, procede-se à análise da área a ser inventariada. Nesta fase é importante o objetivo do seu inventário estar bem claro. É um Inventário Florestal com o objetivo de corte raso na área? Vou fazer um plano de manejo ou alguma outra atividade extrativista sustentável? Qual a fitofisionomia da área (cerrado, floresta amazônica, etc)? Tem bons acessos à área-alvo? O que a legislação me solicita?

IMPORTANTE: uma boa análise da área perpassa pela coleta de dados secundários (disponíveis em outros meios) e dados primários (coletados in loco). Portanto, recomenda-se que o profissional contratado tenha cons conhecimentos em SIG/Geoprocessamento, para maior assertividade do planejamento. Caso você não seja ou tenha esse profissional, pode clicar AQUI.

3. Definição do tipo de inventário

Definir o tipo de inventário que será feito é próximo passo a ser feito, uma vez que já se sabe bastante sobre a área em que irá atuar.

O site do Mata Nativa tem uma boa descrição sobre todas as macro definições dos tipos de inventário, mas basicamente seu inventário irá ser feito por amostragem, com parcelas amostrais de localização e área pré-definida, ou como censo (inventário 100%), em que todos os indivíduos que estiverem acima de uma determinada classe de diâmetro serão levantados.

4. Coleta de dados

Para essa fase, serão necessários os equipamentos de campo (fita métrica, suta, hipsômetro, prancheta, GPS, máquina fotográfica, etc), vestimenta adequada ao clima/localidade e veículo para deslocamento. No caso de floresta de nativas, um identificador botânico experiente é de suma importância para acelerar o trabalho.

Pode ocorrer que, durante o processo de identificação, haja indivíduos que não conseguem ser identificados em campo. Se isso ocorrer, faça exsicatas destes indivíduos (amostra de galhos e folhas juntos), bem como fotografe fuste / caule e copa da árvore, complementando tudo isso com anotações de particularidades do indivíduo. Assim, será fácil identificá-lo tão logo encontre corpo técnico especializado.

5. Processamento dos dados

Uma vez os dados coletados, chega-se à hora de entender o que estes dados representam, ou seja, responder às perguntas que foram feitas antes de se iniciar o inventário e compreender melhor qual a composição da sua área de floresta.

Nesta fase, é importante saber qual a ferramenta você utilizará para processar estes dados. Sendo algumas das opções disponíveis:

  • Editores de planilhas: sendo o mais comum o Microsoft Excel, os editores de planilhas são importantes por facilitarem a digitação dos dados coletados em campo e inserção das fórmulas estatísticas;
  • Software Mata Nativa: este é um dos primeiros e mais utilizados softwares para inserção e processamento de dados oriundos de inventários florestais. A empresa possui, inclusive, uma solução móvel para coleta de dados, dispensando a nossa pouco funcional prancheta. Mais informações AQUI.
  • Treesoftware: empresa com soluções que englobam a área de inventário florestal. A empresa também possui solução mobile, facilitando a vida de quem atua no campo. Mais informações AQUI.

6. Interpretação dos dados e escrita

Nesta última fase é que o fato de um profissional habilitado ter sido contratado é o diferencial, pois neste momento será feita toda a interpretação dos dados colhidos e processados, seguido da escrita, na qual irá descrever detalhadamente o que os dados significam e como eles devem ser aplicados para se alcançar o objetivo definido logo no início do projeto.

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Nos vemos novamente em breve!